Com 33 anos de atividade no país, o escritório brasileiro Korn/Ferry International, maior empresa de recrutamentos no alto escalão do mundo, nunca tinha recebido a visita de seu principal executivo. A passagem esta semana do CEO Gary Burnison, 47 anos, mostra que as coisas estão mudando. O Brasil hoje faz parte dos planos estratégicos da empresa. O crescimento de 50% dos negócios na América Latina no ano passado, puxado pelo Brasil, aumentou o apetite da companhia pela região. "Este é o lugar para se investir nos próximos dez anos", diz Burnison.
A transferência de riqueza e o aumento dos investimentos na região demandarão profissionais mais qualificados no comando. Aí mora o interesse da Korn/Ferry, presente em 40 países e responsável pela colocação diária de 50 executivos no primeiro escalão por todo o mundo. "As mudanças nos países emergentes e na América Latina serão tão profundas como aconteceu na revolução industrial", prevê o executivo.
O fato dos países considerados emergentes concentrarem 80% da população mundial é outro ponto a favor do Brasil. A economia ocidental sofre com o envelhecimento dos profissionais. Segundo Burnison, metade dos executivos que comandam as 500 maiores empresas do mundo estará com idade para se aposentar nos próximos cinco anos e não haverá profissionais qualificados para substituí-los. "Uma nova geração de líderes surgirá dos países emergentes", diz.
Pensando nesse "gap" de talentos no futuro, a Korn/Ferry - que faturou US$ 850 milhões em 2007, sendo U$ 650 milhões apenas com o recrutamento de executivos- está diversificando suas atividades. Em apenas quatro anos, o serviço de preparação de lideranças passou de US$ 7 milhões para US$ 70 milhões, segundo o CEO. Esta é uma das novas apostas no Brasil.
Fonte: www.valoronline.com.br
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