Apesar da influência das ciências do comportamento sobre a teoria administrativa, os pontos de vista dos autores clássicos nunca deixaram de subsistir. Todas as teorias administrativas posteriores se assentaram na Teoria Clássica, seja como ponto de partida, seja como crítica para tentar uma posição diferente. Neste sentido, a Teoria Neoclássica representa a Teoria Clássica devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao tamanho das organizações hoje. Tal teoria surgiu com o crescimento exagerado das organizações.
Para os neoclássicos, a Administração é uma técnica social básica, por meio da qual o administrador alcança resultados por meio das pessoas com as quais trabalha. O ser humano cada vez mais necessita cooperar com outras pessoas para atingir seus objetivos. Neste sentido, a Administração é basicamente a coordenação de atividades grupais.
O problema da centralização verus descentralização é um assunto amplamente discutido pela Teoria Neoclássica. A centralização e a descentralização referem-se ao nível hierárquico no qual as decisões devem ser tomadas. Centralização significa que a autoridade para tomar decisões está alocada próximo ao topo da organização. Com a descentralização, a autoridade de tomar decisões é deslocada para os níveis mais baixos da organização. Parte do trabalho dos neoclássicos focaliza os fatores de descentralização, bem como as vantagens e desvantagens que a centralização proporciona.
A Teoria Neoclássica enfatiza as funções do administrador – planejamento, organização, direção e controle – que em conjunto formam o processo administrativo.
Organizar é agrupar as atividades necessárias para realizar o que foi planejado. A organização pode ocorrer em três etapas: desenho organizacional, desenho departamental e desenho de cargos e tarefas.
A direção é a função administrativa que orienta e guia o comportamento das pessoas na direção dos objetivos a serem alcançados. É uma atividade de comunicação, motivação e liderança, pois refere-se a pessoas. Ocorre em três níveis: direção, gerência e supervisão(operacional).
O controle visa assegurar se o que foi planejado, organizado e dirigido realmente cumpriu os objetivos pretendidos. É constituído por quatro fases: estabelecimento de critérios e padrões, observação do desempenho, comparação do desempenho com o padrão estabelecido e ação corretiva para eliminar os desvios ou variações.
FONTE: CHIAVENATO; Idalberto – Introdução à Teoria Geral da Administração – Elsevier Editora – 7ª Edição – Rio de Janeiro, 2003
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